Por Cesar Shundi
O desenho da empena é utilizado no elemento estrutural da grande cobertura que caracteriza o edifício, agora transformado em um pórtico que é reproduzido em uma sequência de treze módulos estruturais.
A sequência de pórticos reproduzidos em um processo de ‘extrusão’ do volume apresenta três apoios inclinados, também desenhados como continuidade natural das próprias vigas.
Essas inclinações permitem a criação de largos beirais em frente às salas-de-aula, sugerindo a incorporação de elementos de sombreamento à própria estrutura.
Apesar de o pórtico ter três pontos de apoio, a volumetria exterior do edifício apresenta a leitura do vão completo, sem a presença de nenhum pilar intermediário nas fachadas laterais.
Nesse caso, apesar da presença de uma empena contínua de grandes extensões, a estrutura principal do edifício é realizada por uma sequência de duas linhas de pilares, recuados em relação à fachada e pintados de cor escura, procedimento que ressalta a presença da empena, solta no espaço, aparentemente apoiada apenas pelas suas extremidades.
Referência
Cesar Shundi Iwamizu. A Estação Rodoviária de Jaú e a dimensão urbana da arquitetura. São Paulo: FAU/USP, 2008. (dissertação de mestrado)
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Arquitetos: João Batista Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi; João Batista Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi
- Ano: 1959
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Fotografias:Arquivo Fotográfico da Fundação Vilanova Artigas